A menina que roubava livros ( Markus Zusak)

“A trama se desenvolve no meio da Segunda Guerra, numa era nazista, onde o amor para com o próximo e o valor das palavras escritas não eram levados em alta conta.”

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Livro: A menina que roubava livros
Título original:
The Book Thief
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 382
Ano: 1975
Nota Skoob: 4.5
Minha nota: 4,6

Sinopse

Ao perceber que a pequena Liesel Meminger, uma ladra de livros, lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943.

A mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura.

Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade. A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História.

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Resenha Mundo Sublinhado

A história começa a ser narrada no trem, quando Liesel e seu irmão caçula estão a caminho de Munique – onde serão adotados por um casal. É durante a viagem, que o irmãozinho de Liesel falece. Durante uma pausa na viagem para enterrar a criança, o coveiro deixa um livro cair na neve, e Liesel o apanha para si.

Ao chegar na nova cidade, Liesel é má recebida por sua nova mãe adotiva, Rosa. Mas, por outro lado, é acolhida com amor e carinho por Hans, seu novo pai adotivo, um pintor alegre e extrovertido que não larga seu acordeão.

Liesel vira amiga de seu vizinho, Rudy, um garotinho energético e muito divertido. Ao desenrolar da história, aparece Max, um judeu que se esconde no porão da casa de Hans e que escreve um livro para Liesel.

A trama se desenvolve no meio da Segunda Guerra, numa era nazista, onde o amor para com o próximo e o valor das palavras escritas não eram levados em alta conta.

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Minhas considerações

”É só uma pequena história, na verdade, sobre, entre outras coisas:

* Uma menina

* Algumas palavras

* Um acordeonista

* Uns alemães fanáticos

* Um lutador judeu

* E uma porção de roubos” – trecho retirado do livro.

Sim! Hoje vou falar um pouquinho sobre o que achei deste livro famosíssimo que provavelmente a maioria de vocês conhece!

Em ‘A menina que roubava livros’, Markus nos transporta para uma era em que o ódio por outros povos resultava em guerra, mortes e tristeza. Acho que um dos fatos de eu amar este livro, é por ele ser narrado pela morte ”em pessoa”, isto faz com que paremos para refletir sobre determinados assunto que, com um outro narrador, não refletiríamos. Muito interessante também, é ler e poder ”entender” o que a morte ”sente” ou ”pensa”.

A personagem principal desta trama é uma pequena garotinha, ainda criança, e creio que isto faça com que a história da Segunda Guerra se torne mais ”sensível”, mais comovente para nós, leitores.

Esta é uma história fictícia, porém muito real sobre os acontecimentos da Segunda Guerra, e as consequências que ela causou. Nos envolvemos muito com a história, e o final é bem marcante e triste.

Markus conseguiu nos passar o que queria: como a dor que foi e é sentida ao perdermos algum ente querido, a perseguição nazista, a solidão e a importância das palavras na vida das pessoas.

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Minhas frases sublinhadas

”Com um sorriso desses você não precisa de olhos”

”As palavras não foram ditas, mas decididamente estavam lá, em algum ponto”

”Às vezes as pessoas são tão bonitas. Não pela aparência física nem pelo que dizem. Só pelo que têm”

”Como a maioria dos sofrimentos, esse começou com uma aparente felicidade”

”Os seres humanos me assombram”

”Como se dá a alguém um pedaço do céu?”

”Não ir embora: ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças”

”Mas, afinal, será que é covardia reconhecer o medo?”

”Estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiura e sua beleza e me pergunto como uma coisa pode ser as duas.”

Beijinhos
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